Ex-ministro da Economia de Cuba é condenado à prisão perpétua
08/12/2025
(Foto: Reprodução) Viatura leva ex-ministro da Economia de Cuba, Alejandro Gil, a julgamento no Superior Tribunal Popular, em Havana
Norlys Perez/Reuters
O Supremo Tribunal Popular de Cuba condenou, nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Economia Alejandro Gil à prisão perpétua após um breve julgamento.
✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
A corte o considerou culpado de espionagem em um dos casos de corrupção de maior repercussão no país comunista em décadas.
"Alejandro Miguel Gil Fernández, por meio de atos corruptos e fraudulentos, abusou dos poderes conferidos pelas responsabilidades que assumiu para obter benefícios pessoais, recebendo dinheiro de empresas estrangeiras e subornando outros funcionários públicos para legalizar a aquisição de bens", diz o comunicado do tribunal.
Ainda cabe recurso, que deve ser apresentado pela defesa de Gil em 10 dias.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Em um segundo julgamento, o tribunal também considerou Gil culpado de uma série de acusações de corrupção, incluindo suborno, falsificação de documentos públicos, tráfico de influência e sonegação fiscal.
Gil foi condenado a uma pena de 20 anos, a ser cumprida simultaneamente com a pena anterior, por esses crimes.
O ex-ministro era próximo do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, até o escândalo vir à tona, no início de 2024.
Gil esteve à frente de uma reforma monetária em 2021, que substituiu uma das moedas da ilha, o peso conversível, em moeda virtual. Muitos culpam a sua gestão pela grave crise econômica que assolou Cuba no inicio da década, marcada por uma alta persistente da inflação, disseminada por diversos produtos.
Este caso é o de maior repercussão a atingir Cuba desde 1989, quando o General Arnaldo Ochoa, herói da Revolução de Fidel Castro em 1959, foi julgado e executado por um pelotão de fuzilamento por tráfico de drogas.